sábado, 10 de maio de 2008

Revista Super Interessante de Maio


Diz, no seu site de divulgação e assinaturas, o seguinte:

Aborda todos os meses, de uma forma séria mas acessível, os grandes temas da actualidade científica, em artigos profusamente ilustrados e com infografias que tornam fácil o que antes parecia difícil. Da história à tecnologia espacial, da matemática à filosofia, do ambiente à saúde, dos computadores ao comportamento humano, todos os assuntos cabem na Super Interessante.

É, actualmente, a única revista em Portugal cujo tema central é a divulgação, e isso diz tudo.

Este mês ainda está melhor: texto sobre Pterossauros com ilustrações excelentes, outro texto sobre a água e ainda um outro sobre Megalitismo, uma das minhas áreas preferidas da Arqueologia e Pré-História...

A não perder...

Mapas no Live Search Maps da Microsoft

A Microsoft criou um site com mapas que é fantástico...!

http://maps.live.com/

A título de exemplo, eis a nossa Escola em Bird's Eye:


Para aceder a mapa com esta imagem, clicar AQUI.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Visita ao McDonald's de Leiria

A nossa Turma irá visitar o Restaurante McDonald's de Leiria no próximo dia 15 de Abril, 3ª-feira, das 15.15 às 16.45 horas. Vamos ver aspectos ligados com higiene e segurança no trabalho, confecção e conservação dos alimentos e o modo funcionamento em geral do Restaurante.


Está previsto que nos ofereçam um lanchinho...

Torneios de Xadrez na próxima semana

A semana que se avizinha será pródiga em Torneios de Xadrez: no dia 09.04.2008 (4ª-feira) haverá um Torneio de Escolas de Leiria, na variante de Rápidas, na Escola Nery Capucho - Marinha Grande e, na mesma cidade, decorrerá de 11 a 13 de Abril (6ª a domingo) os Regionais da DREC.

Para mais informações consultar os seguintes post do Blog XadrezLeiria:

Ficamos à espera de inscrições...

domingo, 2 de março de 2008

A origem dos anos bissextos

Post de Palmira F. da Silva publicado no Blog De Rerum Natura em 29.02.2008:


O dia de hoje, 29 de Fevereiro, ocorre apenas nos anos bissextos, denominação que alguns pensam reflectir o facto de os anos assim chamados terem 366 dias (com dois seis), o que não é verdade, como iremos ver. Este dia «extra» é uma correcção introduzida para acertar o que resulta de as nossas unidades de tempo dia e ano serem referidas aos movimentos da Terra: um dia (um dia solar tem 24 horas, há uma excelente explicação no Bad Astronomy sobre a diferença entre dia solar e dia sideral) é o período de rotação da Terra e um ano, o tempo que a Terra demora na translacção em torno do Sol, não é um número inteiro de dias.

Como Phil Plait explica, há algumas nuances na definição de ano e no cálculo do tempo que a Terra demora a orbitar o Sol. Na Antiguidade, os astrónomos calcularam que a Terra dava a volta ao Sol em 365.25 dias (365 dias mais 6 horas) mas a adição de um dia extra de 4 em 4 anos tentada em Alexandria por Ptolomeu III em 238 a.C. não teve sucesso. Anos de 365 dias transformavam o calendário numa dor de cabeça, agravada no tempo de Júlio César pelo corrupto pontifex maximus, o sacerdote encarregue do calendário para quem a duração do ano reflectia as compensações monetárias dos que queriam manter um determinado cargo mais tempo ou pretendiam abreviar o mandato de um inimigo.

César, com o auxílio do astrónomo grego Sosígenes, reformou o calendário no ano que corresponde ao actual 45 a.C., na altura ano 709 AUC - ab urbe conditia, desde a fundação da Cidade (de Roma). Este calendário, que instituia entre outras coisas um ano bissexto de quatro em quatro anos, passou a ser conhecido por calendário juliano, adoptado pela generalidade da Cristandade em 325 d.C. e ainda usado pela Igreja Ortodoxa.

O problema não terminou aqui já que um ano não é exactamente 365 dias e 6 horas mas sim 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Embora a diferença possa parecer insignificante, no ano 1582, data em que o Papa Gregório XIII fez outra reforma no calendário, a diferença entre o ano astronómico e o ano sazonal já era suficiente para o pontífice ordenar o «buraco» de dez dias necessário para a corrigir. Assim, ao dia 4 de Outubro desse ano sucedeu o dia 15 de Outubro. Para evitar correcções análogas no futuro, o novo calendário gregoriano, que usamos até hoje, prevê serem bissextos os anos que sejam divisíveis por 400 e os divisíveis por 4 mas não por 100.

O mês que toma o nome do festival de purificação e limpeza denominado Februa (de Februarius que significa purificar) - ou do deus etrusco Februs mais tarde identificado com o deus romano Plutão - foi tornado ainda mais curto pelas manias de grandeza do imperador Augusto que não admitiu que o mês oitavo que tomou o seu nome fosse «inferior» ao mês sétimo que honra o seu tio-avô Júlio César.

Ao dia 29 de Fevereiro estão associadas inúmeras superstições e tradições, algumas delas bastante curiosas, o que não é de espantar dada a forma como o dia extra de Fevereiro foi introduzido. Ao adicionar o dia suplementar, Júlio César escolheu o mês de Fevereiro, o então último mês do ano considerado mês nefasto entre os romanos. Para dar a volta aos seus concidadãos mais supersticiosos, para além de decretar que o primeiro mês do ano passava a ser Janeiro e não Março, em vez de aumentar de 1 dia de quatro em quatro anos a duração do mês, César congeminou um sistema complicado: duplicou o vigésimo quarto dia de Fevereiro, que recebia na época o nome de «dia sexto antes das calendas de Março». Deste modo, o dia suplementar era o bis sextum ante diem calendas martii, que deu origem à actual designação de dia bissexto, designação que se estendeu ao ano.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Poesia

Hoje, dia de longa noite para os que irão ver o Eclipse, vamos pôr aqui um poema inédito de homenagem aos que pouco vão dormir...


Noite

Silenciosa, a noite, impôs os seus ditames:
pintou o horizonte a pastel, primeiro a fogo
depois a azul, púrpura e negro.

Mandou calar as cotovias e melros
e semeou de estrelas o Céu.
Assustou as crianças e arrefeceu as casas com a sua sombra.

E depois, dona de meio Mundo, adormeceu em paz.


Post de Pedro Luna in Blog Geopedrados

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Actividade de Observação - Eclipse de 21.02.2008


Na noite de 20 para 21 de Fevereiro de 2008 ocorrerá um Eclipse Total da Lua que iremos observar na Senhora do Monte, logo depois das Antenas de Rádio, entre as 23.00 e as 04.00 horas e se as condições climatéricas o permitirem e enquanto houver interessados.

NOTA 1: Link para o Cartaz (é favor divulgar...) - AQUI.

NOTA 2: Para conseguirem localizar fica aqui ainda um mapa interactivo GoogleMaps (o ponto B é o local da observação - usar o + e - para aumentar a área ou diminuir e o rato para ir para outros locais):


Ver mapa maior

NOTA 3: Mais informação sobre eclipses AQUI.

Post originalmente publicado no Blog AstroLeiria

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Dia dos Namorados

Também este crepúsculo...


Também este crepúsculo nós perdemos.

Ninguém nos viu hoje à tarde de mãos dadas

enquanto a noite azul caía sobre o mundo.



Olhei da minha janela

a festa do poente nas encostas ao longe.



Às vezes como uma moeda

acendia-se um pedaço de sol nas minhas mãos.



Eu recordava-te com a alma apertada

por essa tristeza que tu me conheces.



Onde estavas então?

Entre que gente?

Dizendo que palavras?

Porque vem até mim todo o amor de repente

quando me sinto triste, e te sinto tão longe?



Caiu o livro em que sempre pegamos ao crepúsculo,

e como um cão ferido rodou a minha capa aos pés.



Sempre, sempre te afastas pela tarde

para onde o crepúsculo corre apagando estátuas.



Pablo Neruda, in Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

El-Rei D. Carlos e Príncipe D. Luís - 100 anos...


Faz hoje 100 anos que a República nasceu. Outros dizem que foi a 5 de Outubro de 1910, mas o seu acto fundador foi o assassinato do Rei e do Príncipe Herdeiro, em 1 de Fevereiro de 1908.

Cem anos após a ignomínia, a dor ainda perdura no coração de muitos portugueses! Recordemos a data apenas com um poema:

HOMENS

“Somos apenas pó e trevas”.

Horácio

À superfície deste corpo vegetamos
e escrevemos da nossa mágoa
litros de lágrimas de sangue
com penas leves de sombra

temas sólidos que nos aprofundam
os olhos incolores

o sabor impuro
que nos desce à boca
é o rasto
do pensamento

mas somos reis a rasgar as vestes
se a Mensagem que acolhemos nos sitia
entre muralhas de silêncio

e os cardos do nosso orgulho
sufocam a boa semente
que nos lança Deus ao coração.

Poema de Brissos Lino - Blog A Ovelha Perdida

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Programa da RTP 1 "AB CIÊNCIA"

A RTP pretende aproximar a Ciência do cidadão comum.

O “AB CIÊNCIA” pretende provar que a Ciência também é divertida e é destinado a toda a família.

Experiências realizadas em estúdio, rubricas diversas, entre as quais “A cozinha é um laboratório”, são alguns dos ingredientes do programa “AB CIÊNCIA”.

A apresentação está a cargo de Carlota Crespo, um novo rosto da RTP e do cientista Leonel Silva.


Horário do próximo programa

RTP 1 - Domingo 27 de Janeiro - 12.00 horas
RTP Internacional - Terça 22 de Janeiro - 21.30 horas
RTP N - Quarta 23 de Janeiro - 11.30 horas
RTP 2 - Sábado 26 de Janeiro - 19.00 horas

Cria a tua Constelação...!

Concurso “Descobre o teu céu”
Museus da Ciência desafiam alunos a criar constelações de estrelas
17.01.2008 - 17h18


Os alunos do ensino básico serão desafiados, ao longo deste ano, a criar constelações de estrelas, no âmbito do concurso “Descobre o teu céu”, promovido pelos museus da Ciência da Universidade de Coimbra e de Lisboa.

A iniciativa, que conta ainda com a Critical Software na promoção, insere-se no âmbito do programa de Celebração do Ano Internacional da Astronomia, assinalado em 2009.

Para “cultivar o gosto dos mais novos pela Astronomia”, a organização do concurso propõe “aos alunos de todas as escolas realizarem, a partir de quatro mapas, um desenho de novas constelações e uma narrativa”.

“A partir das estrelas de certas partes do céu que foram seleccionadas, inspirados na observação do céu real e/ou do céu de um planetário, ou simplesmente a partir de uma representação das estrelas numa imagem, pretende-se que os alunos construam novas constelações e desenvolvam histórias a elas associadas”, revela a organização.

As inscrições estão abertas até 30 de Novembro de 2008, e os trabalhos aceites até 21 de Dezembro de 2008.

O júri irá escolher os melhores trabalhos de cada escalão, que serão reunidos num livro a publicar em 2009. A obra será distribuída por todos os Agrupamentos de Escolas do país.

Os resultados do concurso, no qual podem participar equipas de cinco a 20 alunos e acompanhados por um professor, serão anunciados a 21 de Março de 2009.

O PÚBLICO.PT associa-se a esta iniciativa através da divulgação na sua página principal de um link para os regulamentos e página web do concurso, a ser disponibilizado nos momentos-chave do concurso: lançamento do concurso, apresentação dos resultados, divulgação da lista dos premiados.

in Público - ler notícia (via Blog AstroLeiria)



NOTA: O regulamento do concurso e os mapas do céu a considerar pelos concorrentes encontram-se disponíveis em:
http://www.museudaciencia.pt/

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Olimpíadas do Ambiente - Resultados


(clicar para aumentar)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

XIII Olimpíadas do Ambiente


Apresentação

As XIII Olimpíadas do Ambiente (OA) são um concurso de problemas e questões dirigido aos alunos do 7º ao 12º ano de escolaridade do ensino diurno e nocturno de escolas públicas, privadas ou do ensino cooperativo no território nacional, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Esta iniciativa é coordenada por uma equipa multidisciplinar composta por elementos da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza e do Zoomarine - Mundo Aquático SA. Este ano conta com a colaboração da Câmara Municipal de Seia na organização da Final Nacional.

Objectivos fundamentais
  • incentivar o interesse pela temática ambiental;
  • aprofundar o conhecimento sobre a situação ambiental portuguesa e mundial;
  • estimular a capacidade oral e escrita;
  • promover o contacto com situações experimentais concretas;
  • desenvolver o espírito e curiosidade científica;
  • estimular a dinâmica de grupo e espírito de equipa, assim como a cooperação.

Áreas temáticas
  • conservação da Natureza;
  • recursos naturais;
  • poluição;
  • estilos de vida;
  • ameaças globais;
  • política ambiental;
  • realidade portuguesa.

Categorias
  • do 7º ao 9º ano de escolaridade - Categoria A
  • do 10º ao 12º ano de escolaridade - Categoria B

Todos os alunos inscritos nos anos escolares abrangidos são convidados a participar nas OA, através da sua escola, e nenhum pode ser discriminado com base na idade, sexo, crenças religiosas, deficiências intelectuais ou motoras, competências específicas ou área de ensino. Qualquer estabelecimento de ensino oficial ou particular do 7º ao 12º ano de escolaridade que não tenha sido directamente convidado a participar pode igualmente concorrer, desde que proceda à respectiva inscrição.

Fases
1ª eliminatória - Teste escrito com questões de escolha múltipla e uma pergunta de desenvolvimento. São apurados para a segunda eliminatória os melhores alunos a nível nacional e também os melhores por escola.

2ª eliminatória - Teste escrito com questões de escolha múltipla e duas perguntas de desenvolvimento. Esta eliminatória decorrerá nas escolas com alunos seleccionados. Para a Final Nacional, são apurados os melhores a nível nacional e os melhores por distrito/ilha.
Final nacional - Ao longo de um fim-de-semana, os finalistas realizarão um teste escrito com questões de escolha múltipla, uma prova oral em grupo, participarão num conjunto de actividades práticas (feira de experiências laboratoriais e descoberta de uma zona protegida) e um colóquio/debate na sessão solene de entrega de prémios.


Mais informações em:

www.esb.ucp.pt/olimpiadas

sábado, 5 de janeiro de 2008

O Menino do Lapedo e seu Centro de Interpretação

Descoberta
Menino do Lapedo fez mudar a História
2008-01-05

Tinha os olhos grandes e expressivos, o rosto arredondado e o cabelo liso e comprido. Era assim o Menino do Lapedo, de quatro anos e meio de idade, cujo esqueleto foi descoberto no Vale do Lapedo, em Leiria, e desencadeou uma acesa discussão científica sobre a evolução da espécie humana.

A reconstituição facial foi feita por um especialista em efeitos especiais de Hollywood e estará em exposição, a partir de hoje, no Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho, em Santa Eufémia, concelho de Leiria.

Com a abertura deste núcleo museológico, a Câmara de Leiria pretende lançar os alicerces para um projecto mais ambicioso: “Transformar o Vale do Lapedo num parque natural e criar um centro de investigação arqueológica para aprofundar os estudos sobre o Paleolítico Superior em Portugal”, refere o vereador Vítor Lourenço.

A importante descoberta aconteceu em Novembro de 1998 e, desde então, tem despertado o interesse dos mais conceituados arqueólogos e antropólogos mundiais. A sepultura paleolítica é a única encontrada na Península Ibérica e o esqueleto, com 24 500 anos, era também o único – à data das escavações – achado na Europa.

Se estas características eram já relevantes para os cientistas, o facto de se estar perante uma criança mestiça catapultou o assunto para o centro de um intenso debate sobre a evolução do Homem.

Até à descoberta do Menino do Lapedo, já havia antropólogos a defender a existência de hibridismo entre o homem de Neandertal (Homo Neanderthalensis) e o homem Moderno (Homo Sapiens).

Os dois grupos coexistiram milhares de anos no espaço e no tempo, mas os investigadores nunca chegaram a consenso sobre a ligação entre ambos. Uma corrente defende que os neandertais desapareceram sem se cruzar com os humanos modernos e sem deixar descendência. A outra é da opinião que as duas espécies se cruzaram e procriaram. A descoberta do esqueleto do Menino do Lapedo veio dar razão a esta última tese, a da miscigenação.

Para o norte-americano Erik Trinkaus, considerado um dos melhores especialistas da área da biologia e evolução Neandertal, os vestígios não deixam dúvidas. O menino tinha as pernas curtas, como os neandertais e as ancas estreitas como os homens modernos. E possuía queixo, uma característica do homem moderno inexistente nos neandertais. Os ossos acima dos olhos e das maçãs do rosto também são idênticos aos do homem de Neandertal. Enquanto o tórax, os braços e grande parte do crânio revelam semelhanças com os homens modernos.

Apesar destes dados, revelados após anos de estudo e exames aos restos mortais do Menino do Lapedo, há antropólogos que continuam a não aceitar a teoria da miscigenação. Mas Erik Trinkaus é pragmático na abordagem ao tema. “A questão já não é saber se houve mistura, mas em que grau ela ocorreu”, afirma o antropólogo da Universidade de Washington (EUA).

João Zilhão, que era director do Instituto Português de Arqueologia em 1998 , tem a mesma opinião. “Já foi provado que espécies próximas, como chimpanzés e bonobos ou mesmo espécies de babuínos que pertencem a géneros diferentes podem acasalar e produzir descendentes férteis”, frisa o arqueólogo, agora docente na Universidade de Bristol, no Reino Unido.

Segundo os dois especialistas, o esqueleto encontrado no Vale do Lapedo explica com clareza uma parte da História da humanidade. Ao deixarem a África para colonizar a Europa, os humanos modernos não exterminaram os antigos habitantes do continente, como anteriormente se pensava, mas misturaram-se com eles.

E é esta página do passado que se pretende dar a conhecer melhor, no Centro de Interpretação do Lagar Velho. Além do rosto, criado com base em técnicas forenses por Brian Pierson – um especialista em efeitos especiais que trabalhou em filmes como o ‘Titanic’ ou ‘Alien’ – será possível ver uma réplica do esqueleto, vários artefactos e a reconstituição dos abrigos pré-históricos.

RECONSTITUIÇÃO FEITA COM BARRO

A reconstituição do rosto do Menino do Lapedo começou com a reconstrução do crânio através da técnica de prototipagem rápida. Seguiu-se o preenchimento da parte muscular com barro e a moldagem do rosto, também em barro. A partir deste molde foi criado o modelo final, em silicone, para ficar mais parecido com a pele humana.

NÚCLEO MOSTRA VIDA HÁ MAIS DE 20 MIL ANOS

O núcleo museológico do Abrigo do Lagar Velho, que hoje abre ao público em Santa Eufémia, Leiria, visa dar a conhecer os resultados dos trabalhos arqueológicos no Vale do Lapedo e a sua contextualização na evolução anatómica do Homem.

O Centro de Interpretação é composto por dois módulos pré-fabricados, está instalado num terreno cedido por um particular (Adriano Faria Gaio) e dá acesso a um pequeno percurso pedestre que permite a observação do vale.

Num dos módulos, foi criada uma linha cronológica dos vestígios e afixado um conjunto de imagens sobre os aspectos naturais do Lapedo. Através destes elementos, é possível compreender algumas das características da vida do abrigo e recuar entre 20 a 30 mil anos para ficar a conhecer as diversas fases da pré-história já detectadas.

No segundo espaço estará uma réplica da sepultura do Menino do Lapedo, com um esqueleto feito através de impressão tridimensional pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria (ESTG). É aqui que será exposto também o rosto do menino, criado por Brian Pierson, o artista de efeitos especiais que trabalhou mais de dez anos em Hollywood e se especializou em reconstituições com técnicas forenses.

Os painéis informativos centrar-se-ão na explicação do ritual fúnebre e nas características do esqueleto que impulsionaram a tese da miscigenação.

ESTUDANTE FEZ A DESCOBERTA

A descoberta do Menino do Lapedo mudou por completo a vida de Pedro Ferreira. O jovem efectuava uma prospecção para o trabalho final da licenciatura em História do Património, em Outubro de 1998, e encontrou um abrigo com pinturas da Pré-história recente. Entusiasmado, informou o professor da Universidade de Évora, mas este não lhe deu crédito: “Achou que as pinturas não eram reais”.

Pedro Ferreira recusou cruzar os braços e contactou com técnicos do Instituto Português de Arqueologia (IPA), um organismo agora integrado no Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar). Os arqueólogos confirmaram a autenticidade das pinturas (com 2500 a 4500 anos), fizeram uma incursão ao lado oposto do vale e descobriram mais vestígios de ocupação Pré-histórica.

Uma máquina retroescavadora tinha estado a movimentar terras, deixando a descoberto um osso humano, de criança, com indícios de ritual funerário. Logo que teve o primeiro contacto com o achado, o arqueólogo João Zilhão percebeu de imediato que estava perante uma das mais importantes descobertas paleontológicas. Em duas semanas, mobilizou a sua equipa e accionou uma escavação de emergência. Pedro Ferreira foi convidado a participar nos trabalhos de registo e levantamento. E nunca mais se desligou do processo.

Acabou o curso, ingressou na Câmara Municipal de Leiria como Técnico Superior de Património, e foi o responsável pelo projecto museológico do Centro de Interpretação do Abrigo do Lagar Velho.

Alcançado o desejo de dar a conhecer ao público a importância arqueológica do Vale do Lapedo, Pedro Ferreira, agora com 33 anos, acalenta outro sonho: “Ver o local classificado como monumento nacional”.

in Correio da Manhã - ler a notícia completa aqui



Centro de Interpretação do Lapedo abre dia 5 de Janeiro

O Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho – Lapedo, localizado na freguesia de Santa Eufémia, vai ser inaugurado no dia 5 de Janeiro de 2008. O respectivo programa foi apresentado na reunião de Câmara de 11 de Dezembro pelo Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Leiria, Vítor Lourenço.
O programa tem início pelas 10H30, com uma visita guiada ao Vale do Lapedo, seguida da cerimónia formal de inauguração do Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho, pelas 12H00. Às 15H00, decorrerá uma sessão de conferências, aberta ao público no auditório 01 da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria (ESTG/IPL), com a presença dos investigadores Erik Trinkaus, antropólogo da Universidade de Washington (Saint Louis – EUA), Brian Pierson, antropólogo da Universidade de Tulane (New Orleans – EUA), João Zilhão, arqueólogo em exercício na Universidade de Bristol (Reino Unido), Francisco Almeida, arqueólogo do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) para além de Paulo Bártolo, em representação da ESTG/IPL.
Erik Trinkaus é considerado por muitos como sendo o maior estudioso mundial da área da biologia e evolução Neandertal e ainda especializado em paleontologia humana, arqueologia paleolítica, anatomia funcional e biologia do esqueleto.
Brian Pierson, para além da sua actividade académica, é especialista em reconstituições faciais forenses, tendo estado ainda ligado à criação de efeitos especiais de filmes como “Titanic”, “Alien - o regresso” ou “Star Trek: insurreição”. Participou na reconstituição da cabeça do menino do Lapedo.
João Zilhão é doutorado em arqueologia pré-histórica pela Universidade de Lisboa. Em Janeiro de 1996 foi designado responsável pelo projecto de criação do Parque Arqueológico do Vale do Côa. Actualmente é professor na Universidade de Bristol.
O arqueólogo do IGESPAR, Francisco Almeida, tem participado como comissário científico na criação do Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho.

Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho
O projecto museológico do Abrigo do Lagar Velho tem como objectivo, através de uma exposição organizada em dois módulos, dar a conhecer ao público os resultados dos trabalhos arqueológicos realizados neste sítio arqueológico e a sua contextualização nas últimas alterações da evolução anatómica do homem.
O espaço intervencionado é composto por módulos pré-fabricados, amovíveis, instalados num terreno cedido ao Município de Leiria por um particular: Adriano de Faria Gaio. Por se tratar de uma área junto ao topo da vertente com um desnível de cota de cerca de 80 metros, está prevista uma zona de observação, que permitirá um bom enquadramento visual sobre o Vale.
O projecto museológico engloba a criação de dois espaços de interpretação distintos, um em cada módulo. O Módulo 1 contempla a recepção e o espaço expositivo dedicado à vida no Paleolítico Superior.
A visita inicia-se com um texto de apresentação do projecto, seguindo-se um espaço para a interpretação cronológica dos vestígios afectos ao conteúdo da exposição e algumas imagens de aspectos naturais do Vale do Lapedo. Neste módulo, o visitante poderá observar e compreender alguns aspectos da vida do abrigo durante as várias fases da pré-história já detectadas (30 mil a 20 mil anos antes do presente).
O conteúdo do Módulo 2 é dedicado ao espaço fúnebre da criança, focando a sepultura e morfologia do “Menino do Lapedo” e centrando-se na explicação do ritual fúnebre, bem como das características morfológicas do esqueleto que impulsionaram decisivamente a tese da miscigenação entre o homem de Neandertal e o homem anatomicamente moderno.
Estará ainda presente uma réplica à escala real do esqueleto e da sepultura do Menino do Lapedo, encerrando-se o circuito com a projecção de um vídeo acerca do sítio.
A organização deste evento é da responsabilidade da Câmara Municipal de Leiria e conta com o apoio do IGESPAR, ESTG/IPL, da Região de Turismo de Leiria Fátima e Junta de Freguesia de Santa Eufémia.

in página oficial da C. M. Leiria - ler texto

Carsoscópio - relato de uma visita

Do Blog Geopedrados publicamos o seguinte post:


No passado dia 28.12.2007 (6ª-feira) fui com o meu filho até ao Carsoscópio - Centro Ciência Viva do Alviela. Diversas pessoas tinham-me perguntado se valia a pena a visita e nada como ver in situ para confirmar expectativas. O meu filho adorou e eu também, mas há que fazer algumas ressalvas, críticas e comentários...

1. Edifício
Já meu conhecido de longa data, tem o Centro Ciência Viva, a recepção do Parque de Campismo e Centro de Alojamento e outras instalações. É excelente...

2. Geódromo
Quando me sentei em uma das 16 cadeiras (é pena que não sejam 25, o que facilitaria as visitas escolares...) demorou cerca de 20 minutos até as meninas conseguirem pôr a máquina a funcionar, talvez por não perceberem bem o software do programa. A plataforma onde estão as cadeiras é basculante (bastante basculante, ao ponto de eu finalmente perceber o que o Presidente da República tinha dito sobre este local...) e o filme é engraçado e bem feito, com boa revisão científica. Os putos adoram...


3. Climatógrafo
Não funcionou na minha visita, o que diz tudo. É uma pena que inaugurem uma estrutura destas e depois ou o material (software/hardware?) não trabalhe. Neste local deveria ter visto um filme 3D sobre os 180 km² da bacia de alimentação do Alviela que permite contemplar a passagem das estações do ano e as diferenças que estas imprimem no curso da água. No final pudemos ver um excelente modelo da circulação das águas no carso local (o meu filho comandou a máquina) com uma boa explicação do que são sumidouros, grutas, exsurgências, ressurgências e endocarso. Excelente, quando tudo funcionar...




4. Quiroptário
Este espaço funcionou em pleno. As crianças adoram entrar com capacete de espeleólogo e frontal aceso (o meu filho já está bastante habituado...). Os primeiros painéis são vistos na penumbra, as explicações são boas, os modelos engraçados e bem concebidos e há uma série de materiais experimentáveis (orelhas de morcego, ecolocalizador para fazer percurso sem recurso à visão, cálculo da quantidade alimentos que teríamos de ingerir diariamente se fossemos morcegos, etc.). Espaço muito agradável - muito bom...




Resumindo, quando tudo funcionar será um local excelente para visitas de estudo, complementadas com outras actividades no local (praia fluvial, desportos de natureza, percurso pedestre, entre outros, e mesmo do Algar do Pena, a poucos quilómetros). Esperemos é que tudo funcione, sempre e bem...


NOTA - Links para os posts anteriores sobre este assunto:

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Embora hoje seja terça-feira...


...nada melhor do que começar o ano novo (antes que o estraguemos e passe a ano velho...) com Poesia:

PERENIDADE

Se eu não fosse poeta,
O dia de hoje seria apenas
Segunda feira.
Igual a tantos outros,
De trabalho, de pressa e de canseira
E apagado nas horas.
Assim foi singular.
Ocioso,
Moroso
E repousado,
E teve
A duração num verso demorado.
Dez sílabas que agora
O amanhecem
E anoitecem
No meu ouvido,
Depois de acontecido.

in Diário XV, Miguel Torga, 06-01-1989

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Para entrar no Ano Novo como deve ser


ESPERANÇA


O poema quer nascer das trevas.
Está nas palavras, e não as sei.
É como um filho que não tem caminho
No ventre da mãe.
Dói,
Dói,
Mas a negar-me teimosamente
A todos os acenos libertadores
Do desespero dilacerado.
No silêncio cansado
E paciente
Canta um galo vidente.
E diz que cada dia
Que anuncia
É sempre um dia novo
De renovo
E poesia.

Coimbra, 31 de Dezembro de 1989


in Poesia Completa II - Miguel Torga

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Boas Festas...

...são os votos da equipa deste Blog, que através deste pequeno filme, quer mandar a todos os nossos leitores, colaboradores e amigos...!


quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

35 anos depois - última missão tripulada à Lua - IV

Faz hoje 35 anos que terminou a aventura espacial (na sua forma mais pura e dura) com o regresso à Terra da Apollo XVII e sua tripulação. Ficou a obra: 6 alunagens, dezenas de quilos de rochas lunares e a confirmação de que quando um homem quer a obra nasce. Recordemos agora os heróis da Apollo XVII e de um dos responsáveis pela aventura espacial através de textos da Wikipédia:

Harrison "Jack" Schmitt (Santa Rita, Novo México, EUA3 de Julho de 1935) é geólogo, Astronauta, ex-Senador dos Estados Unidos e foi o 12º e último homem a pisar na superfície da Lua, como membro da missão Apollo 17, a última a pousar no satélite em Dezembro de 1972.

Antes de se juntar à NASA, como membro de primeira equipe de astronautas-cientistas da agência espacial em 1965, “Jack” Schmitt trabalhou no Centro de Astrogeologia dos Estados Unidos, onde realizou diversas experiências e desenvolveu técnicas de geologia de campo que viriam a ser utilizadas pelas tripulações das missões Apollo. Após sua admissão, Schmitt exerceu um papel chave no treinamento dos astronautas da Apollo para ajudá-los a ser bons observadores geológicos quando estivessem na órbita lunar e competentes geólogos de campo na superfície do satélite. Após o fim de cada missão, ele participava dos exames e avaliações do material recolhido e ajudava as equipes nos aspectos científicos de suas missões.

Como ele era o único geólogo profissional no grupo de astronautas, e havia-se graduado na pilotagem dos módulos de comando e lunar, não foi surpresa quando foi escolhido para se tornar tripulante da última das missões lunares, a Apollo 17, onde exerceu um trabalho fundamental no exame e recolha de materiais rochosos da região lunar de Taurus-Littrow, em companhia do comandante da missão, Eugene Cernan. Na volta para a Terra, Schmitt tirou uma das mais famosas e divulgadas fotografias da terra vista do espaço, A Bola Azul, mostrando integralmente todo o planeta azul e esférico brilhando no espaço.

Em Agosto de 1975, Harrison Schmitt deixou a NASA para concorrer ao Senado americano pelo Partido Republicano e foi eleito Senador pelo estado do Novo México, seu estado natal. Derrotado nas eleições para um segundo mandato, passou a trabalhar como consultor em Geologia, Espaço e políticas públicas.

Ainda hoje ele continua advogando o retorno a Lua, para que se possa utilizar o satélite como fonte de Hélio-3, um tipo de isótopo radioativo de hélio abundante na Lua, combustível fundamental para o desenvolvimento de reatores nucleares a serem usados como propulsores de motores de naves espaciais, capaz de atingir velocidades muito maiores que as actuais, possibilitando a exploração espacial dos satélites e planetas mais distantes do nosso sistema solar.


Eugene Andrew Cernan (Chicago, 14 de Março de 1934) é um ex-astronauta norte-americano, filho de mãe checa e pai eslovaco, que esteve no espaço por três vezes, na última delas como comandante da Apollo 17, a última das missões Apollo a pousar na Lua.

Cernan foi o 11º astronauta a pisar em solo lunar e seu co-piloto Harrison Schmitt o 12º e último, de todos os astronautas que exploraram o satélite, já que, como comandante, ele era o primeiro a descer da nave. Entretanto, Cernan exibe até hoje o título – que inclusive é o nome do livro com as memórias de suas viagens espaciais – de “O Último Homem na Lua” - já que, também por ser o comandante, foi o último a re-entrar no Módulo Lunar para a viagem de volta, sendo suas as últimas pegadas feitas na superfície da Lua trinta e cinco anos atrás.

Astronauta dos programas Gemini e Apollo, Eugene Cernan viajou para a Lua em duas ocasiões diferentes, a primeira apenas sobrevoando o satélite na Apollo 10 e a segunda comandando a Apollo 17 e pousando na região de Taurus-Littrow. Nesta missão, ele e Harrison Schmitt, seu parceiro de viagem, passaram três períodos em actividades extra-veiculares na superfície, cobrindo um total de 22 horas fora do Módulo Lunar Falcon, em comparação com as duas horas dos pioneiros Neil Armstrong e Edwin Aldrin três anos antes. Também quebraram os recordes de quantidade de material geológico trazido de volta e dirigiram mais de 35 km o jipe lunar pela superfície de Taurus- Littrow.

Quando Eugene Cernan se preparava para subir a escada do módulo Falcon de volta para a Terra, ele disse as palavras que se tornaram as últimas de um ser humano na face da Lua: “No momento em que deixamos a Lua e Taurus-Littrow, partimos como chegámos, e se for a vontade de Deus voltaremos com paz e esperança para toda a Humanidade. Quando dou estes últimos passos para fora da superfície lunar, gostaria de lembrar que o desafio da América de hoje, forjou o destino do homem do amanhã. Deus abençoe a tripulação da Apollo 17”.


Ronald Ellwin Evans Jr. (St. Francis, 10 de Novembro de 1933Scottsdale, 7 de Abril de 1990) foi um astronauta dos Estados Unidos e tripulante da missão Apollo 17, a última a pousar na Lua, em Dezembro de 1972.

"Ron" Evans fez seus estudos secundários e universitários em instituições de seu estado natal do Kansas e em 1957 completou seu o treino posterior como piloto naval de combate. Foi nesta função, enquanto servia a bordo do porta-aviões USS Ticonderoga durante a Guerra do Vietnam, que ele recebeu a notícia de sua selecção para o treino de astronauta da NASA, no qual havia se inscrito.

Evans entrou para a NASA no grupo de dezanove astronautas seleccionados em Abril de 1966 e após o período de treino serviu como membro das equipes de apoio das missões Apollo 7 e Apollo 11 e comandante reserva da Apollo 14.

Seu vôo no espaço deu-se como piloto do Módulo de Comando Americano da missão Apollo 17, a última missão lunar, junto com os astronautas Eugene Cernan, comandante da missão e Harrison Schmitt, piloto do Módulo Lunar Falcon. Enquanto os dois últimos desciam na Lua, ele permaneceu em órbita realizando observações geológicas da superfície, tirando fotografias de alvos específicos no satélite. Na viagem da volta para a Terra, ‘Ron’ realizou actividades no espaço durante uma hora e seis minutos, saindo da Apollo para recolher câmeras e cassetes e fazer uma inspecção visual da área de carga da nave.

Após servir como piloto reserva da missão americano-soviética Apollo-Soyuz, que realizou o encontro em órbita entre naves espaciais dos dois países, em 1975, e de participar do programa de desenvolvimento do vai-vem espacial, Ronald Evans retirou-se da NASA em Março de 1977 e tornou-se um executivo da indústria de carvão.

Condecorado várias vezes pela NASA e pela Marinha dos Estados Unidos, ele morreu de ataque cardíaco em Abril de 1990 na cidade de Scottsdale, estado do Arizona, deixando mulher e dois filhos.


John Fitzgerald Kennedy (Brookline, Massachusetts, 29 de Maio de 1917Dallas, 22 de Novembro, 1963) foi um político americano e o 35° presidente de seu país (19611963).

Sua família era de ascendência irlandesa e tradicionalmente católica. Kennedy era filho de Joseph P. Kennedy, embaixador dos Estados Unidos no Reino Unido no fim dos anos 30. Formou-se em Relações Internacionais na Universidade de Harvard em 1940. Serviu na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, sendo ferido em Guadalcanal em 1943. Condecorado por bravura, afastou-se do serviço militar por problemas na coluna vertebral. Ainda quando jovem, participou do Movimento Escuteiro.

Desafio da conquista da Lua

Kennedy foi o presidente dos Estados Unidos que lançou o desafio de chegar a Lua em uma década, que resultou no Projeto Apollo. No famoso discurso em 1961 Kennedy lançou o desafio de "enviar homens a Lua e trazê-los de volta a salvo".

"I believe this nation should commit itself to archieving the goal, before this decade is out, of landing the man on the moon and returning safely to Earth."
"Eu acredito que a nação deva se comprometer para alcançar o objetivo, antes do fim da década, de aterrissar o homem na lua e fazê-lo voltar em segurança para a Terra."

Em outro discurso na Universidade Rice suas palavras foram: We choose to go to the moon. We choose to go to the moon in this decade and do the other things, not because they are easy, but because they are hard ("Nós decidimos ir a Lua. Nós decidimos ir a Lua nesta década e fazer as outras coisas, não porque elas são fáceis, mas porque elas são difíceis").



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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Os Olhos de Água do Alviela - um sítio a visitar

Para os leitores deste Blog que não conhecem o sítio e que leram os posts anteriores, este é dos locais mais bonitos de Portugal (para mim o Canhão da Ribeira dos Amiais é o mais interessante canhão português...) e tem aspectos que nos levam a recomendar, agora ainda mais, a sua visita.

1. Olhos de Água do Alviela - exsurgência
É a exsurgência principal a partir da qual nasce o rio Alviela - embora de facto sejam várias exsurgências, algumas temporárias. Penso que se trata, no que diz respeito à quantidade de água, da maior exsurgência portuguesa. A EPAL abasteceu durante muitos anos a partir dela a cidade de Lisboa e ainda hoje abastece alguns municípios importantes da sua cintura. Para quem não sabe, uma exsurgência é um local de onde sai bastante água que circulou difusamente em zona calcária (o carso) dentro de grutas.

2. Canhão da ribeira dos Amiais
Por causa de falhas que fizeram levantar um bloco rochoso de calcário, a ribeira dos Amiais teve de furar esse mesmo bloco, fazendo-o através de uma gruta. O abatimento da parte final da gruta deu origem ao Canhão, com paredes verticais de mais de 20 metros em certos locais e um coberto vegetal fantástico. Eu costumo pular, a partir do rebordo da ponte junto à exsurgência principal do Alviela, para o rebordo da ribeira e de esta para dentro de água, fazendo assim, com os pés molhados, o percurso no canhão, para mostrar um pequeno rápido (uma quedazinha de água), várias marmitas de gigante, algumas pequenas exsurgências e galerias laterais da gruta original. É uma delícia o percurso assim feito...!

4. Perda (sumidouro) da ribeira dos Amiais
No local onde a ribeira dos Amiais começou a escavar o bloco calcário que as forças telúricas iam levantando (dando origem a uma gruta) está a perda (ou sumidouro) da ribeira dos Amiais. Um pouco mais à frente a gruta já abateu e, nessa janela cársica (dolina incipiente), vê-se a ribeira dos Amiais a escavar os calcários e os diversos níveis a que já circulou.

4. Ressurgência da ribeira dos Amiais
No local onde acaba o canhão (onde a gruta ainda não abateu) existe uma das raras ressurgências existentes em Portugal, a ressurgência da ribeira dos Amiais. Para quem não sabe, uma ressurgência é uma exsurgência especial, pois neste caso a água que sai da ressurgência entrou especificamente por um só local (perda ou sumidouro).

5. Percurso pedestre dos Olhos de Água do Alviela
Abrange os locais atrás citados. Com cerca de 1,5 km, é relativamente fácil e delicioso em certas alturas do ano - os medronhos ou as amoras podem ser um extra aliciante...

6. Praia fluvial da Nascente do Alviela
Uma das melhores pais fluviais portuguesas, com bons apoios (embora a comida no café/restaurante não seja grande coisa...). Tem um bom parque de estacionamento, excelente parque de merendas, água de qualidade, caiaques e bicicletes para alugar na época balnear e campo de futebol de praia.

7. FESTAMB
A Festa do Ambiente dos Olhos de Água do Alviela (FESTAMB) é uma montra para tudo que existe em termos de Ambiente e Educação Ambiental em Portugal. Realizando-se sempre no início de Junho, há mais de dez anos que é um momento importante no calendário do Ambiente em Portugal.

8. Desportos de Natureza
Nesta zona podem praticar-se desportos aquáticos (natação e caiaque, entre outros), orientação (na variante federada ou no percurso pedestre), BTT, hipismo, futebol de praia, espeleologia, espeleomergulho, atletismo e escalada, entre outros. Palavras para quê...?

9. Alojamento e Alimentação nos Olhos de Água do Alviela
Para não falar de mais nada, no local existe um Parque de Campismo e Caravanismo, um Centro de Alojamento, excelentes para actividades escolares e geridos pelo Centro Ciência Viva, e ainda um café/restaurante, bem como um bar na época balnear, tudo dentro dos Olhos de Água...

10. Centro Ciência Viva do Alviela - Carsoscópio
O Centro Ciência Viva do Alviela, espaço interactivo de interpretação e divulgação científica, tecnológica e ambiental, aborda temas relacionados com a evolução geológica da zona das Nascentes do Alviela (Geódromo), o ciclo da água e a influência que o clima tem no mesmo (Climatógrafo) ou a vida dos morcegos cavernícolas, que fazem parte da fauna característica da região (Quiroptário).

11. Instalações da EPAL nos Olhos de Água do Alviela
Embora tendo pouco para ver, são visitáveis. O sistema de recolha de água (que só recolhe a águas das principais exsurgências e consegue separar esta água da que vem da ribeira dos Amiais, ligeiramente poluída...), o início do sistema (condutas) de envio da água, a sua vigilância e monitorização, todo isto pode ser visto com autorização da EPAL.


Agora que já vos aguçámos o apetite, com referências a aspectos geológicos (e a outros para os quais gostariamos que houvesse mais geólogos a tratar...), aqui fica um mapa do GoogleMaps interactivo, com a localização do Centro Ciência Viva do Alviela, em que podem ver como chegar...


Ver mapa maior

Centro Ciência Viva do Alviela (Carsoscópio) finalmente inaugurado

Alcanena
PR experimenta «adrenalina» proporcionada por tecnologia 100% portuguesa


O Presidente da República está convencido que o Carsoscópio, Centro Ciência Viva do Alviela, em Alcanena, «vai ser um sucesso», não escondendo a satisfação por ter experimentado a «adrenalina»

«Foi como sentir a adrenalina sentado no sofá. Faz lembrar as viagens de Júlio Verne. É uma criação virtual extraordinária. Tinha conhecido algo não muito diferente na Exposição Universal de Sevilha. Foi uma sensação que vale a pena experimentar» , disse Aníbal Cavaco Silva na inauguração do 17º Centro Ciência Viva do país.

O Presidente da República falava depois de experimentar os simuladores que lhe permitiram sentir as vivências dos morcegos cavernícolas que habitam na zona, viajar por 175 milhões de anos até às origens mais longínquas do Maciço Calcário Estremenho e ver, a três dimensões, as influências do clima na bacia de alimentação do Alviela.

Cavaco Silva inaugurou, juntamente com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, o Centro de Ciência Viva do Alviela, um investimento global de 2,8 milhões de euros (comparticipados por fundos comunitários).

O presidente saudou a parceria entre a Câmara Municipal de Alcanena, o Parque Natural das Serras d'Aire e Candeeiros e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, onde foram concebidos todos os sistemas tecnológicos do Centro, provando que os cientistas portugueses «podem fazer» este tipo de equipamento.

Cavaco Silva confessou que o nome deste Centro de Ciência Viva, Carsoscópio, o levou «a estudar o Cársio», confessando querer «aprender um pouco mais além» do que leu sobre o assunto.

A curiosidade do presidente foi satisfeita com as experiências virtuais que viveu no Quiroptário, no Geódromo e no Climatógrafo.

Mariano Gago, por seu turno, saudou a «iniciativa, persistência e visão» da câmara municipal de Alcanena, que iniciou em meados da década de 90 uma série de intervenções para valorização, estudo e divulgação do património associado à nascente do Alviela.

Contudo, o ministro alertou para a necessidade do Carsoscópio se dotar de um programa de actividades que torne atractivo um Centro de Ciência Viva que está situado numa região que não é uma grande metrópole.

O Centro inclui um centro de documentação e espaço de acesso gratuito à Internet, sala de formação, auditório, centro de alojamento, bar/refeitório e recepção e loja.

O projecto da autarquia tem como parceiros o Parque Natural das Serras d'Aire e Candeeiros, o Instituto da Conservação e Biodiversidade e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria.

Conta ainda com os apoios da Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa, Museu Nacional de Historia Natural, Universidade Aberta, Sociedade Portuguesa de Espeleologia e Espeleo Clube de Lisboa, Estremadura e Ribatejo.

Lusa/SOL

in O Sol - ver notícia

ADENDA: Já era tempo de inaugurarem esta estrutura (eu já ouvi a indicação de que ia abrir "no próximo Verão..." umas 20 vezes, desde 2003). E o que será o "Cársio" que o nosso Chefe de Estado andou a estudar...?!? Já agora, a primeira imagem foi rapinada do site oficial da Presidência e a 2ª é do autor deste post...


Página oficial do Carsoscópio -
AQUI

Cavaco Silva e Mariano Gago inauguram o Centro de Ciência Viva em Alcanena


Cinco meses depois de ter sido anunciada a inauguração do Carsoscópio no Centro de Ciência Viva dos Olhos de Água, em Alcanena, a abertura oficial vai finalmente acontecer no próximo sábado, com a presença do Presidente da República e do Ministro da Ciência. O vice-presidente da Câmara Eduardo Marcelino (ICA), que é ao mesmo tempo director do centro, explicou a O MIRANTE que o adiar da cerimónia desde Julho deveu-se a dificuldades em conciliar as agendas de Cavaco Silva e de Mariano Gago. Um obstáculo que só agora foi ultrapassado.

O impedimento de inaugurar o espaço não surgiu só agora. A abertura do Carsoscópio já tinha sido prevista para Setembro de 2005, mas nessa altura dificuldades financeiras levaram ao adiamento da conclusão das obras e a uma espera de dois anos.

A maior atracção no Carsoscópio, que abrirá ao público no domingo, é o Geódromo, um simulador que leva o visitante a uma viagem de 175 milhões de anos, desde o tempo dos dinossáurios até ao século XXI. A placa elevatória permite ver as profundezas das grutas e o embate de um meteorito na Terra. O percurso de hora e meia começa nas grutas onde vivem os morcegos. Ali, no Quiroptário, é possível perceber o modo de vida dos animais. Existe, por exemplo, um capacete de orelhas enormes, que permite experimentar a audição dos morcegos. Os visitantes poderão também experimentar um capacete que, aliado a uma venda nos olhos, permite ter a experiência da orientação através de sonar usada pelos pequenos mamíferos. A viagem segue para o Climatógrafo, uma visão tridimensional sobre a nascente dos Olhos de Água, formada por vários veios de água, cuja origem continua um mistério.

Todo o complexo tem estado a funcionar nos últimos cinco meses a título experimental. Quinhentas crianças de diversas escolas já visitaram o centro e, segundo uma das monitoras, grande parte delas revelou curiosidade e algum conhecimento sobre o que é ensinado no Carsoscópio.

O projecto de ciência viva em Alcanena começou a ser imaginado em 1986. A ideia foi ganhando raízes mas perdeu tempo e em 2001 a candidatura ficou suspensa. Quando finalmente foi possível avançar, em 2003, o projecto era candidatável apenas a um financiamento de fundos comunitários de 50 por cento, sendo o restante valor coberto pela autarquia, uma vez que já não existia apoio financeiro estatal (que inicialmente cobria a restante metade). O custo total rondou os 1,1 milhões de euros, “sem o edifício”.

O vice-presidente Eduardo Marcelino fala na concretização de “um sonho” que representou um peso financeiro para a autarquia. A câmara pretende que a partir de 2009 o Centro de Ciência Viva seja auto-suficiente, ou seja, que consiga arrecadar receitas suficientes para fazer face às despesas. O esforço financeiro que é feito actualmente com o pagamento do pessoal não foi revelado à comunicação social.

in O Mirante - ver notícia

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

35 anos depois - última missão tripulada à Lua - III


Faz hoje 35 anos que um homem pisou, pela última vez, o nosso satélite natural. Subiu em primeiro lugar para o módulo lunar Challenger o astronauta (e geólogo) Harrison H. Schmitt, seguido do comandante da missão, o astronauta Eugene A. Cernan. Os astronautas deixaram na Lua uma placa que diz: Here Man completed his first exploration of the Moon, December 1972 A.D. May the spirit of peace in which we came be reflected in the lives of all mankind - Aqui o Homem completou a sua primeira exploração da Lua, Dezembro de 1972. Possa o espírito de paz no qual viemos refletir-se nas vidas de toda a humanidade. Terminava assim a principal façanha da saga da missão Apollo...

Post conjunto com o Blog AstroLeiria, Geopedrados, Ciências Correia Mateus e GeoLeiria, entre outros.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

As prendinhas científicas de Natal do LIDL

Ao aproximar-se o Natal o LIDL (cadeia alemã de supermercados low-cost) volta a colocar nas suas prateleiras diverso material científico (astronómico e de ciências biológicas) que a seguir analisamos.


1. Telescópio Skylux - 79 €


  • Ampliação de 35 até 175x;
  • Distância focal: 700 mm;
  • Visor 6x25 - facilita a descoberta rápida de objectos;
  • 3 oculares (20/12/4 mm) para observação de estrelas, galáxias, Lua ou planetas;
  • Lente de 1,5x que possibilita a reprodução de imagens durante observações terrestres;
  • Inclui: Software e tripé em alumínio regulável em altura;
  • Garantia de 5 anos;
  • Este artigo só está disponível nos seguintes distritos: Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Viseu (excepto concelho de São Pedro do Sul), Leiria, Santarém, Beja, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre e Setúbal.

NOTA: Bom refractor (luneta) com bom tripé, excelente para iniciação na Astronomia e para pequenos utilizadores. Preço excelente.


2. Telescópio terrestre - 149 €


  • Ampliação de 25 até 75 x;
  • Prismas BaK-4 de elevada qualidade;
  • Protecção integrada contra sol e orvalho;
  • Campo de visão máximo: 19 m/1000 m;
  • Diâmetro de objectiva: 90 mm;
  • Resistente à humidade e salpicos de água;
  • Acessórios: tripé estável de metal, filtro especial para observação lunar, adaptador para câmara digital e tampas protectoras;
  • Garantia de 5 anos;
  • Este artigo só está disponível nos seguintes distritos: Aveiro, Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e concelho de São Pedro do Sul, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Viseu, Leiria, Portalegre e Santarém (excepto concelho de Coruche).
NOTA: Bom refrator (luneta) para observações terrestres, um pouco limitado para observações astronómicas. Preço razoável.



Fora de Leiria há ainda as seguintes hipóteses:

3. Telescópio refractor - 199 €


  • Ampliação 14 até 262,5x;
  • Distância focal: 350mm;
  • 45° Prisma Amici;
  • 3 oculares (25/12/4 mm) para observação de estrelas, galáxias, Lua ou planetas;
  • Lente de Barlow para uma triplicação da distância focal;
  • Comando por computador AutoStar que permite uma navegação celeste automática (guia do menu em inglês);
  • Inclui: Software Astro, tripé em alumínio regulável em altura e mochila;
  • Garantia de 5 anos;
  • Este artigo só está disponível nos seguintes distritos: Aveiro (excepto concelho de Anadia e Águeda), Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo, Vila Real, Beja, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Setúbal, concelhos de Coruche e São Pedro do Sul.

NOTA: Bom refrator (luneta) com excelente tripé, excelente para observação astronómica. É um Meade...! Preço excelente...

4. Aparelho de visão nocturna - 179 €


  • Ampliação 3,1x;
  • Distância focal: 50 mm;
  • Diafragma 1:1.2.;
  • Ideal para actividades ao ar livre;
  • Poderoso iluminador de infra-vermelhos;
  • Diâmetro da lente 42 mm;
  • Funciona a pilhas 2xAA (incluídas);
  • Garantia de 5 anos;
  • Este artigo só está disponível nos seguintes distritos: Aveiro (excepto concelho de Anadia e Águeda), Beja, Braga, Bragança, Faro, Évora, Porto, Se túbal, Viana do Castelo, Vila Real, concelhos de Coruche e São Pedro do Sul.

NOTA: Aparelho para observações terrestres nocturnas, não recomendado para observações astronómicas. Preço razoável.


5. Microscópio escolar - 129 €


  • Ampliação de 40 até 1600x (digital);
  • Leitor de cartões SD e porta USB;
  • Monitor LCD de 3,5";
  • 3 objectivas rotativas de elevada qual idade (4x, 10x e 40x);
  • Iluminação LED de luz incidente e transmitida, através de corrente eléctrica;
  • Filtro de 6 cores para observação de preparados incolores ;
  • Inclui uma vasta gama de preparados e instrumentos;
  • Garantia de 5 anos;
  • Este artigo só está disponível nos seguintes distritos: Beja, Évora, Faro, Lisboa, Setúbal e concelho de Coruche.

NOTA: Aparelho fantástico, que permite gravar imagens e mostrar no ecrân. Preço excelente.



ADENDA: Post adaptado de outro do Blog Geopedrados. Se por azar no sítio onde vive não há à venda estes equipamentos é esperar que certamente irão aparecer mais tarde...